O condutor auto!
O dia estava
solarengo, mas o calor não era muito, até se podia dizer,
que estava um dia ameno, com uma leve brisa, que o tornava
suportável, para um dia em África.
O
unimogue saiu, para nos levar, até a um aldeamento onde fomos
contactar com a população. A picada era uma estrada
agradável de se percorrer, pois era ladeada, por machambas e
alguma vegetação em tons amarelados e verdes.
Havia uma ponte, que nos ajudava a atravessar o rio Licumgo. Na volta,
veio uma daquelas chuvadas, que só em África tinha visto,
depressa o rio transbordou, a estrada e a ponte desapareceram, debaixo
do rio caudaloso e furioso.
E agora foi a questão, que se pôs avançamos ou esperamos.
O Camarada condutor, cujo nome já não me lembro, virou-se para o Camarada furriel e exclamou.
----------Se o meu furriel me der licença, vou tentar passar com
cuidado, e como vamos mais carregados, pois trazemos alguma lenha
que apanhamos no caminho, assim o unimogue ficou mais pesado e
isso irá ajudar a travessia.
E assim se fez com cuidados e medos à mistura, mas lá atravessamos.
A' noite, já no aquartelamento, só se falava no sucedido
e o Camarada soldado condutor, quase se tornou um herói pelo
feito.
Esta é a minha singela homenagem a todos o os Camaradas condutores auto, que passaram pela guerra em África.
Moçambique, histórias e factos, que se passaram na guerra colonial no século passado.
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