O Cerco
Já andavamos há mais de uma hora no mato, por trilhos e caminhos sinuosos
e com dificil progressão, devido a haver , por vezes, vegetação cerrada dificultando
o nosso avanço. Depois de algum tempo nestas condições, surgiu à nossa frente uma
grande clareira, lá no fundo do planalto. Aí estavam, muito descontraido e desatentos,
guerrilheiros da Frelimo. Acto continuo foi feito alto e falámos sobre a maneira de
contornar tal situação. Depois de algumas sugestões, todos foram unânimes em
contornarmos o morro, indo ao encontro do inimigo, fazendo com que eles ficassem
ficassem cercados dentro de um circulo.
Entretanto pedimos reforços e quando já estavamos nas posições por nós
combinadas começamos o ataque. Como o inimigo estava à vontade, distraido e
descuidado, foi fácil. Não tivemos baixas do nosso lado, apenas alguns arranhões
e ferimentos sem importância.
Foi certo que tivemos apoio, mas naquele dia conseguimos, e fizemos mais um
rombo, tanto material como humano, nas fileiras do inimigo. à noite foi o contar do
armamento capturado, assim como tratar dos prisioneiros. Foi um cantar vitória,
a moral de todos os camaradas estava em alta e as cervejas foram acabando
na cantina.
Moçambique, histórias e factos que se passaram durante a guerra Colonial,
no século passado.
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